A história da revolta de Absalão

 

Absalão pendurado na árvore
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 (Imagem modificada)

A história da revolta de Absalão

Olá! Você já ouviu falar da revolta de Absalão? Vou lhe contar essa história incrível. Antes vamos conhecê-lo, ele era o terceiro filho de Davi com Maaca, uma princesa de Gesur, mãe de Absalão e Tamar.

A Bíblia relata que ele era um homem celebrado por sua beleza. Confira:
Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum. Quando cortava o cabelo (e isto se fazia no fim de cada ano, porquanto muito lhe pesava), seu peso era de duzentos siclos, segundo o peso real. 'Também nasceram a Absalão três filhos e uma filha, cujo nome era Tamar; esta era mulher formosa à vista. 2 Samuel 14.25-27

A história da revolta de Abslão começou quando Joabe, filho de Zeruia e comandante do exército do rei Davi, percebeu que o rei estava sentindo muita saudade de seu filho Absalão. Joabe então teve uma ideia e enviou uma mulher esperta da cidade de Tecoa para falar com Davi.

Essa mulher, seguindo as instruções de Joabe, se vestiu como se estivesse de luto, não penteou seus cabelos e foi até o rei. Ela se ajoelhou e contou uma história comovente sobre ser uma viúva cujos dois filhos haviam brigado, resultando na morte de um deles. 

Agora, os parentes queriam matar seu único filho restante como vingança. Ela pediu ajuda ao rei para proteger seu filho.
Davi, tocado pela história, prometeu ajudá-la e garantiu que ninguém machucaria seu filho.
 
Mas a mulher, esperta, também pediu que Davi orasse a Deus para que seus parentes não cometessem um crime ainda pior. Davi concordou e ela continuou, questionando a decisão do rei de não permitir que seu próprio filho, Absalão, retornasse de sua terra estrangeira.

Ela expressou suas esperanças de que o rei pudesse encontrar uma maneira de trazer seu filho de volta.
Davi então fez uma pergunta à mulher, suspeitando que Joabe estava por trás dessa situação. 

A mulher confirmou que Joabe a instruiu a fazer tudo isso para resolver esse caso. Davi, concordando com Joabe, ordenou que seu filho Absalão fosse trazido de volta.
Absalão retornou a Jerusalém, mas o rei não queria vê-lo. Então Absalão foi morar em sua própria casa e se afastou do rei.

Absalão se reconcilia com Davi

Ele ficou em Jerusalém por dois anos e não via o rei. Então, tentou convencer Joabe a ajudá-lo a encontrar-se com o pai, todavia Joabe se recusou. Em represália
, Absalão mandou incendiar o campo de Joabe para intimidá-lo. 

Finalmente, Joabe foi até o rei Davi pedir-lhe permissão para Absalão entrar na presença do rei. O rei mandou buscá-lo, e Absalão, ajoelhou-se e encostou o rosto no chão diante do rei. Davi o beijou.


A Trama de Absalão

A trama de Absalão para conquistar o coração do povo se desenrolou quando ele mandou preparar para si um carro com cavalos e cinquenta homens para correrem na sua frente.

Ele se levantava cedo e ficava na entrada da porta da cidade. Quando uma pessoa chegava ali com algum caso para o rei Davi resolver, Absalão a chamava e perguntava de onde era.

E, quando a pessoa respondia: Senhor, eu sou de tal tribo de Israel, Absalão dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei. Absalão também dizia: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça! (
Cf 2 Samuel 15.1-4).

E, quando alguém chegava perto de Absalão para se curvar diante dele, ele o segurava, abraçava e beijava. Absalão fazia isso com todos os israelitas que iam pedir ao rei Davi que fizesse justiça, e assim ele conquistava o coração do povo de Israel.

Passaram-se quatro anos, e Absalão pediu permissão ao rei para cumprir uma promessa a Deus em Hebrom, enquanto ele estava em Gesur, na Síria, havia prometido ao Senhor que se Ele o trouxesse de volta a Jerusalém, ele adoraria o Senhor em Hebrom. 

Davi, crendo em Absalão, consentiu. Estando Absalão em Hebrom, ele enviou mensageiros por todo Israel para proclamar que ele era o rei em Hebrom. 

Absalão fez um convite a duzentos homens de Jerusalém para acompanhá-lo, e eles aceitaram sem saber de suas intenções, confiando nele completamente.

Enquanto Absalão fazia oferendas, ele convocou o conselheiro de Davi, Aitofel, da cidade de Gilo. A rebelião contra o rei ganhou força à medida que mais apoiadores se juntaram à causa de Absalão.



A fuga de Davi

Então, um mensageiro veio correndo até Davi e disse que os israelitas tinham se voltado para o lado de Absalão. Davi, preocupado, convocou todos os seus oficiais em Jerusalém e fez um apelo urgente:


— Precisamos escapar de Absalão imediatamente! Se demorarmos, ele nos alcançará aqui na cidade, nos derrotará e matará todos que estão conosco!

Os oficiais responderam prontamente:

— Estamos prontos para fazer o que for necessário, meu senhor.


Assim, o rei partiu com sua família e seus servos, deixando apenas dez concubinas para cuidar do palácio. À medida que saíam da cidade, pararam na última casa. Todos os funcionários ficaram em fila diante do rei, enquanto os guerreiros arquitas e peletitas marchavam diante deles. 

Até mesmo os seiscentos soldados que haviam acompanhado Davi desde Gate passaram em revista. Davi então abordou Itai, o líder deles:

— Por que você deveria seguir conosco? Volte e fique com o novo rei. Você é um estrangeiro, um refugiado aqui. Por que eu deveria te levar comigo? Eu não sei para onde estou indo. Volte e leve seus companheiros. Que o amor e a fidelidade do Senhor estejam com você.


Mas Itai respondeu com determinação:

— Rei, eu juro pelo Deus vivo, o Senhor, que irei com você para onde quer que vá, mesmo que isso signifique a minha morte.

Respondeu Davi:

— Muito bem, vá em frente.

Itai liderou seus homens enquanto seguiam Davi. Enquanto eles deixavam a cidade, as pessoas choravam alto. Cruzaram o rio Cedrom e se dirigiram ao deserto.

Zadoque, o sacerdote, e os levitas carregando a arca da aliança também estavam com eles.

A arca foi temporariamente colocada no chão até que todos tivessem deixado a cidade.

Abiatar estava presente também. Davi então disse a Zadoque:

— Leve a arca da aliança de volta à cidade. Se o Senhor estiver satisfeito comigo, um dia permitirá que eu a veja novamente na cidade. Mas, se Ele não estiver, faça comigo o que achar melhor!

Davi continuou com suas instruções a Zadoque:

— Leve seu filho Aimaás e Jônatas, filho de Abiatar, de volta em segurança à cidade. Esperarei no deserto até receber notícias de vocês.

Então Zadoque e Abiatar levaram a arca de volta a Jerusalém e permaneceram lá.

Davi subiu o Monte das Oliveiras, descalço e com a cabeça coberta, demonstrando sua tristeza.

Todos que o acompanhavam também cobriram suas cabeças e choraram.

Quando souberam que Aitofel havia traído e se unido a Absalão, Davi orou:

Ó SENHOR, peço·te que transtornes em loucura o conselho de Aitofel.

Ao alcançar o topo do monte, onde havia um lugar de adoração, seu amigo fiel Husai, o arquita¹, o encontrou.

Husai estava com roupas rasgadas e jogou terra sobre sua cabeça em sinal de pesar. 

Davi lhe disse:

— Não, Husai, você não deve me seguir agora. Isso não me ajudará. Mas você pode ser útil ao tornar ineficazes os conselhos de Aitofel.

Quando voltar à cidade, diga a Absalão: Ó rei, servirei a você como servi seu pai.
Zadoque e Abiatar estarão lá, e você pode informá-los sobre tudo o que ouvir no palácio do rei.
Seus filhos, Aimaás e Jônatas, estarão lá também, e você poderá enviar informações através deles para mim.

Husai, o conselheiro de Davi, foi até a cidade e encontrou Absalão quando estava prestes a chegar. Absalão perguntou a Husai:

— Onde está a sua lealdade ao seu amigo? Por que você não foi com ele?

Husai respondeu com sagacidade:

— Como poderia eu fazer isso? Minha lealdade é para com aquele a quem Deus, o Senhor, e este povo escolheram.

Servirei a ti, como servi ao seu pai.


Absalão aceitou a resposta de Husai e então consultou Aitofel, um conselheiro de grande renome. 

O plano de Aitofel para desmoralizar Davi

Aitofel sugeriu um plano arriscado: Absalão deveria ter relações com as concubinas de seu pai, as que Davi havia deixado para cuidar do palácio.
Isso desmoralizaria Davi e consolidaria a autoridade de Absalão.

O plano foi aceito e uma tenda foi montada no terraço do palácio para esse propósito. 
Naquela época, os conselhos de Aitofel eram tidos como decisões divinas, e tanto Davi quanto Absalão os seguiam.

Aitofel sugeriu esse plano malicioso e Absalão o colocou em prática.

Ele teve relações com as concubinas do pai perante todos, em uma demonstração de autoridade.

Enquanto isso, Husai continuava agindo como um espião leal a Davi, transmitindo informações valiosas a Zadoque e Abiatar, os sacerdotes.

O plano de Husai era minar a influência de Aitofel e, assim, proteger Davi.

Husai dá conselho melhor do que o de Aitofel

O conselho de Aitofel agradou Absalão e todos os líderes concordaram, mas Absalão mandou chamar Husai para ouvir o que ele dizia do conselho de Aitofel, porém Husai respondeu que o conselho de Aitofel não era bom. 

E aconselhou Absalão de outra maneira. Então Absalão e todos os israelitas disseram que o conselho de Husai era melhor do que o de Aitofel.
O Senhor Deus decidiu que o bom conselho de Aitofel não seria seguido, por isso o castigo do Senhor cairia sobre Absalão.


A morte de Aitofel

Quando Aitofel percebeu que seu conselho não foi seguido, ele foi para casa, colocou seus assuntos em ordem e enforcou-se², tirando sua própria vida. Ele foi sepultado no túmulo de seu pai.

Absalão, por sua vez, liderou seu exército contra Davi, e Amasa estava no comando das tropas, substituindo Joabe. O exército de Absalão estava acampado em Gileade, enquanto Davi chegava a Maanaim.

Após chegar a Maanaim, Davi encontrou pessoas que lhe eram leais, como Sobi, filho de Naás, de Rabá; Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai, de Rogelim, em Gileade.

Eles trouxeram suprimentos, incluindo comida para Davi e seus homens. Pois eles sabiam que Davi e os homens estavam cansados ​​e famintos no deserto.

Davi organizou suas tropas e dividiu-as em grupos, liderados por Joabe, Abisai e Itai.

Ele expressou seu desejo de que Absalão fosse poupado, causando desconforto entre seus soldados.

Davi foi aconselhado por Joabe a elogiar suas tropas para restaurar a moral e evitar um possível conflito interno.

O exército de Davi enfrentou os israelitas de Absalão resultando em uma batalha sangrenta.

A morte de Absalão

No calor da luta, Absalão, montado em sua mula, passou sob um carvalho e sua cabeça ficou presa nos galhos. Isso o deixou vulnerável, e um dos homens de Davi relatou a Joabe o ocorrido.

Joabe, sem hesitar, mandou que Absalão fosse morto, apesar das instruções de Davi para que ele fosse tratado com delicadeza, o homem, porém, não quis matá-lo. Joabe, sem perder tempo, pegou três dardos e ³matou Absalão.
O corpo de Absalão foi lançado em uma cova profunda, coberto com pedras.  

Ao saber da morte de seu filho, Davi lamentou profundamente em alta voz.

A notícia da vitória foi como a dor de seus soldados, que silenciosamente voltaram para a cidade, sentindo que, apesar da vitória, haviam perdido.

Isso deixou Davi inconsolável, chorando pela morte de seu filho Absalão.

A história continua com a repreensão de Joabe a Davi por seu lamento excessivo.

Quando Joabe soube que Davi estava lamentando profundamente a morte de Absalão, ele foi até a casa do rei para confrontá-lo. Joabe estava frustrado com a atitude de Davi e decidiu confrontá-lo abertamente.

Joabe disse a Davi:

— Hoje o senhor humilhou seus soldados, aqueles que arriscaram suas vidas para lhe garantir a vitória, aqueles que salvaram sua vida, a vida de seus filhos e filhas, e a vida de suas esposas e concubinas.

O senhor demonstrou que valoriza aqueles que o odeiam e despreza aqueles que o amam. Se o senhor não elogiar seus soldados, eu juro por Deus, o Senhor, que amanhã pela manhã todos o abandonarão e isso será a maior tragédia da sua vida.

Davi compreendeu a repreensão de Joabe, se levantou e foi até o portão da cidade, onde seus soldados estavam reunidos. Davi decidiu expressar sua gratidão e elogio a eles.


Disse Davi aos soldados:

— Eu sei, vocês sacrificaram-se muito por mim e pelo reino. Hoje, Deus nos deu uma vitória, mas essa vitória não diminui o valor de cada um de vocês. Vocês são valentes e fiéis, e eu agradeço por tudo o que fizeram.


Seu discurso tocou profundamente os corações dos soldados, e eles sentiram que seu líder os valorizava novamente.
Enquanto isso, a notícia da morte de Aitofel, o conselheiro de Absalão, chegou a Davi. 

O conselho maligno de Aitofel não havia sido seguido, o que mostrou ser uma benção, pois teria resultado em mais derramamento de sangue.

Conclusão

Davi se prepara para retomar o controle de Jerusalém e seu reino. As consequências da revolta de Absalão ainda estavam sendo avaliadas, e Davi estava determinado a restaurar seu reinado.


O que podemos aprender com essa história? Faça uma reflexão e dê a sua opinião fazendo um comentário ou fale diretamente comigo 👉Fale Comigo. Obrigado por chegar até aqui. Deus abençoe a sua vida.

Baseado na Bíblia Sagrada do livro de 2 Samuel capítulos14 à
19



Informação

1 - Arquita: 
O termo Arquita pode se referir a um membro de uma tribo cananeia não identificada, provavelmente uma família ou clã proeminente na região de Atarote, a sudoeste de Betel.

2 - Enforcamento de Aitofel: 2 Samuel 17.23

3 - A morte de Absalão: 2 Samuel 18.9-18






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Referência 

BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo de Genebra. 2ª edição. Tradução de J. F. de Almeida. Edição revista e atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 1999. 1728 p


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2 Comentários

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  1. Ester Ruth- Amei o texto que elucidou várias dúvidas minha quanto a história contada

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    1. Realmente, havia algumas dúvidas, mas quando nos aprofundamos na história descobrimos os mistérios escondidos. Que bom que gostou. Obrigado.

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