A Consolação de Israel

Nascimento-de-Jesus

Adoration of the shepherds, by Gerard van Honthorst 

Fonte: Google Arts & Culture

A Consolação de Israel

Dois profetas do N.T. aguardavam a promessa de Deus, que traria a consolação de Israel, o Messias esperado por muitos e predito pelos profetas messiânicos. 

Essa consolação era a esperança que queimava no coração de Simeão e Ana. Para falar desses dois profetas, se faz necessário descrever o nascimento sobrenatural de Jesus.

Houve um recenseamento na Judéia e José com sua esposa partiram da Galileia (conhecida como Galileia dos Gentios, por haver uma grande população gentia desde os tempos dos profetas) à Belém, cidade de Davi. Todos tinham que se alistar nas cidades de suas origens, porque era mais prático alistar famílias.

Maria estava grávida e havia chegado a hora de dar à luz. Segundo o texto de Lucas, ela envolveu o filho primogênito em panos e, por não haver lugar para eles na estalagem, ela o deitou numa manjedoura.


Há uma tradição que diz que eles estavam numa caverna na encosta da montanha atrás da hospedaria. Uma outra possibilidade é que Ele tenha nascido no lar de uma família pobre, onde os animais viviam sob o mesmo teto


E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lucas 2:7).


O nascimento de Jesus foi uma cena cinematográfica. Havia pastores nessa mesma região aguardando, no campo, o seu rebanho a noite, um anjo do Senhor surgiu e a glória de Deus envolveu-lhes de tal maneira que ficaram com muito medo. (cf Lc 2.8-9). O anjo lhes disse que não era para temerem porque ele estava trazendo alegria para todo o povo. 

O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: (Lucas 2:10).


Os Evangelhos apresentam Jesus com estilos diferenciados do ponto de vista de cada escritor, porém com o mesmo sentido. O Evangelho de João apresenta Jesus como o verbo que se fez carne.

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.14). 


Mateus, mostra através da genealogia de Jesus e do cumprimento das profecias do V.T. que Ele era o Messias tão esperado. Marcos visou os gentios em seus escritos e apresenta Jesus como o Cristo e o filho de Deus.


Lucas revela o cuidado de Cristo com as pessoas menos favorecidas, principalmente os fracos e aflitos. Todos os Evangelhos sinóticos narram o nascimento de Jesus, porém Lucas, por ser um historiador, dá mais detalhes dos personagens envolvidos nesse evento histórico.


Ana e Simeão esperavam a consolação de Israel, pois estavam certos de que as profecias do A.T., de um libertador da casa de Davi, se cumpririam. A esperança que eles tinham não era a mesma esperança que muitos almejavam.


Esses profetas tinham uma visão mais ampliada que ia além do reino humano, todavia a maioria esperava um reino que terminasse com a opressão romana. O próprio Jesus falou que o reino dEle não é deste mundo. O ponto principal da autoridade dEle é de origem divina.


Eles acreditavam em um reino espiritual que ia de encontro às expectativas da grande maioria. Podemos ver essa verdade na pregação de Jesus quando os seus seguidores, ouvindo as palavras duras do mestre, se entristeceram, e todos abandonaram a Jesus, ficando apenas os doze discípulos dEle. (cf João 6.60-69).

Já foi mencionado em alguns artigos deste blog que Deus preparou o cenário para a vinda de Cristo. Foram muitos Profetas Messiânicos e muitos personagens bíblicos envolvidos nos planos de Deus, destes se destacaram: Abraão, Isaque, Jacó, Tamar, Raabe e Rute, bisavó do rei Davi. São muitos “né”. Deus teve muito trabalho para organizar essa turma até a chegada do nosso Salvador.


Como foi dito acima, o nascimento de Jesus não poderia ser um evento simples, teve a participação especial do anjo, que anunciou aos pastores e com ele uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e uma plateia de pastores. Esplêndido!!!


Os pastores daquela época eram desprezados e não eram considerados dignos de confiança, tinham fama de ladrões e não os aceitavam como testemunhas nos tribunais. Deus exalta aqueles que são humilhados, pois eles tiveram a honra de serem anunciados pelo anjo acerca do consolador.



Simeão e Ana


Quando havia completado os oito dias da circuncisão, o menino recebeu o nome de Jesus, dado pelo anjo antes de Maria engravidar. Jesus teria que ser apresentado no templo para que se cumprisse a lei.

Contudo Maria precisava se purificar. Quando uma mulher tinha um filho era considerada imunda e passava por um processo de purificação. Ficava sete dias isolada e no oitavo dia o menino era circuncidado.


Ainda era privada de tocar em coisas santas e teria que continuar com o período de purificação por mais trinta e três dias. Esses dias eram dobrados quando se tratava de uma menina. Passando os dias de purificação, os pais teriam que levar o menino ao templo para apresentá-lo ao Senhor.
E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); Lucas 2.22-23).

Simeão

Agora a narrativa começa a ficar emocionante, o homem que aguardava o consolador era justo e temente a Deus. O Espírito Santo o tomou de uma forma grandiosa e o revelou que ele não morreria antes de ver o Messias. Ele, movido pelo Espírito Santo, foi ao templo.


Quando os pais de Jesus o levaram ao templo para apresentá-lo conforme está escrito na lei, Simeão o tomou nos braços louvando a Deus.


Disse, Simeão ao Senhor que o despedisse em paz segundo a palavra dEle, pois já vira a Salvação do Senhor da qual Deus preparou diante da face de todos os povos, luz para as nações. O foco de Simeão abrange a salvação para todos, não só para os judeus, mas também para os gentios.

Os pais ficaram maravilhados com as coisas que ele disse de Cristo. Simeão os abençoou e revelou a Maria da crucificação de Jesus. (cf. Lc 2.29.35).

Ana

Ana, a profetiza. Filha de Fanuel, da tribo de Aser, era avançada em idade com quase oitenta e quatro anos. Viveu com o marido apenas sete anos e ficou viúva. Ana servia a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia e não se afastava do templo. Quando ela viu o menino sabia que era o Messias esperado e começou a dar graças a Deus e anunciou a redenção a todos que esperavam o Consolador em Jerusalém (cf Lc 2:36-38).


Conclusão

Esse artigo seria mais propício para postar na época do Natal, contudo na história de Simeão e Ana há uma mensagem importante que nos leva a refletir sobre a nossa dependência de Deus. Agora pensa comigo, será que precisamos esperar o Natal para comemorar o nascimento de Jesus? 

Temos muitos motivos para glorificar e louvar a Deus como Simeão e Ana fizeram, pois Deus na sua infinita misericórdia enviou o seu único filho para que, através dEle, possamos ser salvos.

"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos," (Atos 4.12).

Baseado na Bíblia Sagrada


Por Julio Ferreira Lima


Leia também 👉 Algumas Cidades por Onde Jesus Passou e Jesus Dava exemplos de Gratidão?




ABREVIATURAS


cf. Conferir

Lc Lucas

N.T. Novo Testamento

A.T. Antigo Testamento

Referências dos textos Bíblicos:

Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH (Bíblia Online)

Referência Bibliográfica

BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo de Genebra. 2ª edição. Tradução de J. F. de Almeida. Edição revista e atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 1999. 1728 p

2 Comentários

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